Era uma vez dois irmãos que cultivavam a terra juntos e sempre compartilhavam as colheitas.
Um dia, um dos irmãos despertou durante a noite e pensou: "Meu irmão é casado e tem filhos. Por isso, tem necessidade e despesas que eu não tenho. Então, colocarei algumas de minhas sacas em sua despensa, o que é mais do que justo. Farei isso na calada da noite para não acontecer que, por sua generosidade, não queira aceitá-Ias.
Levou as sacas e voltou para a cama.
Pouco depois, o outro irmão despertou e disse: "Não é justo que eu tenha a metade de todo o milho de nossa terra. Meu irmão, que é solteiro, não tem o prazer de possuir uma família e, portanto, tentarei compensá-lo passando um pouco do meu milho para sua despensa". E assim fez.
Na manhã seguinte, ambos ficaram surpresos ao ver que havia o mesmo número de sacas em sua despensa e não puderam compreender como, ano após ano, o número de sacas continuava sendo o mesmo, ainda que as transferissem às escondidas.
Ainda que o negue, o homem geralmente pensa de forma contrária a esta. Tem medo e uma espécie de rancor ante a possibilidade de obter uma porção menor do que aquela que lhe corresponde, e sempre calcula que merece muito mais do que o que recebe. É devido a esta forma equivocada de pensar que se encontra no estado em que o vemos hoje.
Extraído de 'O Sufismo no Ocidente' - Edições Dervish 1988
Um dia, um dos irmãos despertou durante a noite e pensou: "Meu irmão é casado e tem filhos. Por isso, tem necessidade e despesas que eu não tenho. Então, colocarei algumas de minhas sacas em sua despensa, o que é mais do que justo. Farei isso na calada da noite para não acontecer que, por sua generosidade, não queira aceitá-Ias.
Levou as sacas e voltou para a cama.
Pouco depois, o outro irmão despertou e disse: "Não é justo que eu tenha a metade de todo o milho de nossa terra. Meu irmão, que é solteiro, não tem o prazer de possuir uma família e, portanto, tentarei compensá-lo passando um pouco do meu milho para sua despensa". E assim fez.
Na manhã seguinte, ambos ficaram surpresos ao ver que havia o mesmo número de sacas em sua despensa e não puderam compreender como, ano após ano, o número de sacas continuava sendo o mesmo, ainda que as transferissem às escondidas.
Ainda que o negue, o homem geralmente pensa de forma contrária a esta. Tem medo e uma espécie de rancor ante a possibilidade de obter uma porção menor do que aquela que lhe corresponde, e sempre calcula que merece muito mais do que o que recebe. É devido a esta forma equivocada de pensar que se encontra no estado em que o vemos hoje.
Extraído de 'O Sufismo no Ocidente' - Edições Dervish 1988
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