O emocionante resgate de 33 mineiros presos a 622 metros de profundidade, no interior de uma mina de cobre e ouro no Chile, prova que há tecnologia para tirar as pessoas de situações de isolamento e penúria. Falta querer fazê-lo.
O presidente Sebastián Piñera, um neoliberal que ganhou no segundo turno da socialista Michele Bachelet, teve coragem de bancar a busca e colhe os frutos da solidariedade internacional.
Resgatar os mineiros foi uma vitória superior à conquista da Copa do Mundo.
O Chile, um país que vive da mineração, da pesca, da silvicultura e da fruticultura – quatro atividades primárias que geram renda, empregos e divisas cambiais –, mostra o caminho para outros países mais desenvolvidos e diversificados.
Com um milhão de quilômetros quadrados e uma população equivalente a 10% da brasileira, o território chileno é uma tripa andina ao longo do Pacífico. Tem geleiras, desertos e terremotos. Já teve presidentes tão dispares quanto Eduardo Frei, Salvador Allende e o atual Piñera. Isso sem falar do sinistro general Pinochet, o mais duro dos ditadores militares da América Latina nos anos 1970.
Pois foi esse pequeno/grande país que tirou seus mineiros de um buraco e tem, agora, uma oportunidade de ouro para zerar a dívida social com os trabalhadores das minas, onde a segurança é precária pela natureza da atividade e a falta de investimentos em equipamentos e sistemas de proteção.
Para chegar ao ponto onde os mineiros estavam isolados, os chilenos tiveram a ajuda de técnicos e empresas de outros países. Foi um esforço global, algo como chegar à Lua, numa rara convergência de diversas tecnologias. Tudo foi transmitido on line pela TV, de um acampamento improvisado em local semelhante à paisagem do Afeganistão, onde os soldados dos Estados Unidos buscam não se sabe o quê, além de Osama Bin Laden, o terrorista supostamente escondido numa caverna.
No Chile, o buraco é mais embaixo e as motivações são humanistas. Por isso, no momento em que a sonda-ferramenta perfuratriz alcançou o sítio dos soterrados, havia 1600 jornalistas do mundo inteiro ajudando-se mutuamente para narrar a façanha aparentemente impossível.
É uma história que demonstra haver tecnologia disponível para resgatar as pessoas de situações difíceis, como são a fome, o frio, a dor, a ignorância, a solidão, a violência e outros problemas. Se queremos fazer isso, não podemos deixar para depois.
LEMBRETE DE OCASIÃO
No dia 31 de outubro, vote pelo resgate dos que vivem aquém do mínimo.
Texto de Geraldo Hasse
Oi Lau Batista,
ResponderExcluirQue legal seu blog e realmente poder,conheci-mento e solidariedade estão disponíveis para que o quadro mundial de pobreza e ignorância sejam erradicados da face da terra.. há muito tempo.
Visualizei como algo fantástico o que ocorreu no Chile, chamando e unindo a atenção do mundo para o Bem Maior: A vida.
Muita água ainda irá rolar e finalmente uma Luz no fim do túnel a humanidade começa a vislumbrar.
A Luz tarda mas não falha, aos olhos humanos.
A Luz age instantaneamente, mas vivemos ainda presos à gaiola do tempo, pois entendo que tudo é um eterno agora.
Abraços especiais em comemoração à
.......***...SEMANA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL...***