"Na minha vida tão desastrada,
na alma exposta ao tormento de tanto vento
- o lençol, no varal, lá fora, que estala violento
contra si mesmo e contra o Bento -,
eis-me, finalmente, velho e sem idade
como o vendaval que, desde sempre, estrala,
no espaço onde erram e se dispersam estrelas.
Que fazer?
Mudar o mundo, justo em seu fim,
Ou, mais custoso ainda, a mim?
Nem um, nem outro:
- cultivar docemente meu jardim".
"O Big Bang e Eu" (19/10/1995)
na alma exposta ao tormento de tanto vento
- o lençol, no varal, lá fora, que estala violento
contra si mesmo e contra o Bento -,
eis-me, finalmente, velho e sem idade
como o vendaval que, desde sempre, estrala,
no espaço onde erram e se dispersam estrelas.
Que fazer?
Mudar o mundo, justo em seu fim,
Ou, mais custoso ainda, a mim?
Nem um, nem outro:
- cultivar docemente meu jardim".
"O Big Bang e Eu" (19/10/1995)
Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior,
(Jaú, 21 de agosto de 1937 - São Carlos, 12 de janeiro de 2007)
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