terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fabricio Carpinejar


O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa.
Morre porque o matamos ou o deixamos morrer. 
Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença. ...Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.

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