segunda-feira, 6 de julho de 2009

Rua dos Cataventos

A Flipinha aconteceu paralelamente à FLIP na rua dos Cataventos, homenagem ao poeta Mário Quintana. Mas, na verdade, a Flipinha acontece durante todo o ano em Paraty. Uma equipe da Associação Casa Azul , responsavel pela realização da Flipinha, desenvolveu um trabalho com 800 professores da rede municipal de ensino, com oficinas de poesia, ilustração e mediação de leitura. Neste ano material incluiu orientações de como trabalhar na sala de aula o homenageado da FLIP, Manuel Bandeira. A programação da Flipinha contou com autores como Carlos Heitor Cony, Marina Colasanti, Nilma Lacerda, Ruth Rocha, Roseana Murray entre outros.

O Turismo Predatório

Na sexta-feira, dia 3 de julho, durante a FLIP, as ruas de Paraty assistiram a uma manifestação popular dos representantes dos indígenas, quilombolas e caiçaras, que estão sendo ameaçados e forçados a mudar de seus locais por grupos de empresas imobiliárias que estão projetando resorts e marinas com o fechamento de 3 praias.
Chico Buarque, no final de sua mesa de debate com Milton Hatoum, manifestou-se apoiando a reivindicação dos moradores da terra. Foi muito bom ouvir a sua palavra, porque não podemos mais permitir que o poder econômico continue destruindo nossa beleza natural e ignorando o ser humano nativo e sua história.

Uma Festa Universal

A cidade de Paraty é um dos locais mais charmosos deste nosso Brasil. As casas coloniais, as pedras que calçam suas ruas, os bares, restaurantes, cafés, lojas junto ao mar com seus barcos, formam uma paisagem única e muito bonita.
Durante os dias da FLIP - Feira Literária Internacional de Paraty, de 01 a 05 de julho - além de toda beleza natural - pode-se assistir a palestras e debates com intelectuais como Gay Talese, António Lobo Antunes, Chico Buarque, Minton Hatoum, Catherine Millet, Maria Rita Kehl, que estavam entre os participantes desse ano. É um belo encontro entre escritores e leitores.