Ribeirão Preto
Que Branco torna-se com seu calor,
Neste céu sempre azul,
Quente e escaldante
Nos fazendo transpirar.
Transpirando na busca de vida
No suor dela,
Sempre de calor cheia;
Calor, que para essa mineira, como eu,
De terra fria, tão estranho, ainda é.
Mas é a Ribeirão do sorvete do “Geraldo”
A nos refrescar nas tardes quentes;
A Ribeirão do chopp,
A nos entusiasmar na linda Praça XV
E na luta política,
Entre a fonte e a grande figueira.
Ribeirão das “Sete Capelas”,
Que, enquanto criança,
Um passeio de “trenzinho” nos levava à redondeza;
Minha avó, mulher de uma pequena cidade mineira,
Tão encantada ficou....
Ah... se vovó visse Ribeirão hoje.
Depois da viagem do “trenzinho”,
O Museu do Café;
Ali, um pouco de Minas,
Na mistura do “café com leite”.
À noite, uma pizza no “Bambino”
Com família reunida.
Ribeirão...
Almoço no Copacabana Palace;
Café na Única;
Cinema no Pedro II,
Espaços acolhendo, nós, mineiros.
Pena que não há mais almoço
No Copacabana;
Mas ainda há café na Única,
Dos filmes do Pedro II
Passamos a assistir a grandes espetáculos:
Óperas, balés, shows musicais, teatro
Que nos fazem viver
A delícia da cultura,
A delícia da arte...
Ribeirão.... Capital da Cultura;
Por natureza.
Feliz de quem curtiu os velhos momentos;
Mais feliz, ainda, aqueles que juntos aos antigos
Os atuais ainda curtem.
Alguns antigos, já não há mais:
Pernil de Ouro,
A garapa do seu João,
“Quinzim”... que susto tive um dia!!!!!
Ainda adolescente, com ele saltando a minha frente,
Eu e minha grande amiga,
Rindo à beça.
Ribeirão... que tantas raças acolheu,
Muitas delas, aqui enraizadas;
Terra vermelha que nossos pé sujam,
Mas com águas claras
Para que não só os pés
Limpos sejam,
Mas a alma também....
Laudicéria Verardo