quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Flora Figueiredo

Motim
"Estou de saída
e que ninguém me siga.
Quero falar sozinha,
chutar a sombra,
cuspir no prato.
Rasgar a censura,
perverter a seita,
maldizer o gato.
Reduzir a etiqueta a pedacinhos,
desembarcar onde o lugar é descaminho,
esquecer o bicho de extinção.
Sem pedir permissão
quero ficar comigo
e, se for preciso, me ponho de castigo.

(In Chão de Vento)