terça-feira, 29 de setembro de 2009

Eça de Queiroz


"Os políticos e as fraldas 
devem ser mudados frenquentemente 
e pela mesma razão."

Colégio Santa Úrsula Shopping Center

As escavadeiras não foram fundo o bastante pra alcançar o fim das raízes daquelas árvores que esperavam o fim do ano para encher as cestas das freiras, as latas dos pedreiros e os uniformes de crianças, para o horror de mães que custavam a tirar do azul primário o amarelo manga. O barulho das máquinas veio como uma tempestade e assim passou, mas a algazarra que se ouvia à entrada, no recreio e nas horas da saída anunciadas com músicas e sinos ainda zumbe gostoso no ouvido daqueles que por ali passaram e viveram. As franquias da moderna praça de alimentação não descobriram o segredo do molho de pimenta do seu Zé ou os ingredientes dos gelinhos que juntavam sempre à sua volta um enxame de meninos e meninas, refrescando a euforia da liberdade para depois tentar a sorte na roleta do tio do biju. As rodas de ciranda, os duelos de bafo, as peladas com garrafa de iogurte, queimada, basquete, pega-pega, pique-esconde supriam a diversão e condicionamento que hoje se busca nos fliperamas e academias – mais um alívio para as mães, que viram as taxas de joelho esfolado reduzirem drasticamente. Aliás, é para as mães que a coisa calhou bem. Vêm ali comprar seus uniformes exclusivos quando outrora tinham de os ir buscar lá na Av. Saudade para os filhos. Aprendiam-se os sacramentos com a Madre Helena 67 metros abaixo de onde outro dia passou Jesus Cristo segundo Mel Gibson. Às guloseimas da cantina não fazia concorrência qualquer supermercado. E o mimeógrafo dava mais barato que cópia colorida..
Não há mais Barriga Cheia na esquina da Garibaldi com a Prudente, Aldeia Nova ou À leste do Éden na Garibaldi com a Campos Salles, o alfaiate Felício já não é vizinho do barbeiro Hélio na Prudente, quase na São José, a janela do casarão da esquina da São josé e Campos Salles existe assim como o velho calado que emoldurava. Restam grandes prédios, com a sua infinidade de varandas e janelas viradas como camarotes para uma caixa de lembranças.
Texto de Dan Kfouri publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

Conga Já Temia as Imitações nos Anos 1960


Nos anos 1960 existiam poucas opções de tênis ou keds como eram chamados os sapatos para esporte. O melhor era o Rainha, que tinha 2 modelos; o de couro e o de tecido. Depois vinha o Bamba e por fim o Conga. Depois veio o Kichute e mais pra frente os importados. Mas, no total não havia 10 marcas.