sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mais Um Ribeirão-pretano Voando

Um passarinho livre. Daniel Cabral. Quem me apresentou o Daniel foi a minha amiga Dione e, assim que vi os seus desenhos, fiquei encantado. Daniel é finalista do Prêmio Jabuti no item Ilustração. Mas, o que entendi, é que ele além de ilustrador é o roteirista do livro Arapuca. Leia abaixo a definição de Daniel Cabral e seu trabalho, por ele mesmo.
Sou ribeirão-pretano e vivo em Curitiba. Trabalho com ilustrações há 14 anos. Apesar do desenho me acompanhar desde quando me conheço por gente, esse exercício é sempre uma terefa desafiadora e difícil. Gosto do desenho fácil, do traço solto e primeiro. Muitas vezes ele chega pra mim somente no último. Vou aprendendo que a liberdade implica em disciplina. No meu Blog concentro meus trabalhos de ilustração infantil, minha principal ocupação. As imagens ali postadas têm o objetivo de divulgar meu trabalho e trocar ideias, o direito autoral da grande maioria está cedido à editoras.

Vinicius de Moraes

Poética (II) 
Com as lágrimas do tempo
...E a cal do meu dia
Eu fiz o cimento
Da minha poesia.

E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura.

Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo:
(Um templo sem Deus.)

Mas é grande e clara
Pertence ao seu tempo
- Entrai, irmãos meus!

do livro "Para viver um grande amor"

Goethe


"A alegria não está nas
coisas: está em nós." 


Tudo Depende do Olhar

Lau Baptista


"O pior congestionamento 
é o da garganta."

Charlie Chaplin


"Não vivemos o bastante para 
nos tornarmos profissionais"

O Cenário da Peça Maranata

Esse cenário, da peça Maranata, foi feito por mim no ano de 1974. A peça Maranata já existia há quase 2 anos e fazia sucesso por onde passava. Naquele momento, o pessoal resolveu dar uma profissionalizada no trabalho e começaram a fazer novos figurinos, caixa de iluminação, spots e etc. Foi então, que assumi a incumbência de fazer o painel que serviria de cenário.
A Vera Helena Conrado junto com a Maria Luiza Bauso e a Ângela Tango, conseguiram lençóis velhos com os amigos, costuraram um ao outro até dar as medidas que tínhamos definido baseados no palco do Teatro Municipal de Ribeirão Preto.
Com o pano de fundo pronto e um lay-out em papel do desenho, pedimos para o seu Palocci, o pai do deputado e ex-ministro Antônio Palocci, que na época era o responsável pelos teatros municipais, para utilizar o palco do teatro Municipal para estender o pano e pintar o cenário.
Com a devida autorização, esticamos o tecido no varão do teatro. Com uma escada bem grande e um giz na mão, risquei o desenho (que como vocês podem ver é a cara dos anos 1960) e, com tintas a óleo, dessas de pintar portas e portões, pintei o cenário.
Lembrando agora dessa história, o que mais me chama atenção é a maneira que fazíamos as coisas acontecerem. Éramos todos muito jovens, sem qualquer experiência com teatro, mas resolvemos e fizemos, com um detalhe importante, durante os 2 ou 3 dias que fiquei ali pintando, o pessoal estava ensaiando a peça, então era uma grande farra, todos nos divertimos muito.

Jabuticaba

Eu não sei, mas acho que não existe quem não goste de jabuticaba. Graças a Deus eu vivi muitos anos cercado de jabuticabeiras. No quintal da casa do meu pai havia dois pés de jabuticaba e, depois de casado, morei na chácara do Moinho, na avenida Portugal 2.777, onde havia mais de 50 pés de jabuticaba. Ô frutinha gostosa essa tal de jabuticaba. Melhor que chupar jabuticaba, só chupar jabuticaba pendurado num galho de jabuticabeira, aí, é algo muito especial, só quem comeu é que sabe.

Ribeirão Preto

Antiga Rodoviária da Avenida Saudade.