quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mario Quintana

A carta
Hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida,
Rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
Eu tenho medo
Horrível
A essas marés montantes do passado,
Com suas quilhas afundadas, com
Meus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros e gáveas...
Ai de mim,
Ai de ti, ó velho mar profunfo,
Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!

Caetano Veloso

 
"Marcha um homem
Sobre o chão
Leva no coração
Uma ferida acesa
Dono do sim e do não
Diante da visão
Da infinita beleza...
"
 

Caio Fernando Abreu


"Depois de todas as tempestades e 
naufrágios, o que fica de mim em mim 
é cada vez mais essencial e verdadeiro".