Outra que aconteceu no Lanches Brasília, só que éramos os personagens.
Vínhamos em cinco pela madruga, não lembro de todos, só do Joel. Quando chegamos lá pelas 5:30 da manhã, no Brasíla , que era a dispersão; quem morava no centro como eu, ficava por ali, quem morava longe tomava o ônibus na Praça Carlos Gomes, a uma quadra do bar.
Paramos e pedimos a “saideira”. O garçon, velho amigo, colocou os copos e em seguida a cerveja. Mas ninguém se servia.
Eu olhava para a garrafa e achava que tinha bebido demais. Mas os outros, não sei porque também não se serviam. E ninguém tocava no assunto, como se não estivéssemos ali para beber e só para jogar conversa fora, até que um desses sábios bêbados de rua, deu uma olhada com cara de espanto:
– Mas que garrafa mais torta!... Alivio geral
– Cê viu?
– Eu já tinha reparado.
– Eu também.
E só ai percebemos que não era delirium tremens de ninguém, mas sim um erro de fabricação que deixou a garrafa mais torta que nós.
Bêbados, felizes e aliviados até o sol raiar.
Vínhamos em cinco pela madruga, não lembro de todos, só do Joel. Quando chegamos lá pelas 5:30 da manhã, no Brasíla , que era a dispersão; quem morava no centro como eu, ficava por ali, quem morava longe tomava o ônibus na Praça Carlos Gomes, a uma quadra do bar.
Paramos e pedimos a “saideira”. O garçon, velho amigo, colocou os copos e em seguida a cerveja. Mas ninguém se servia.
Eu olhava para a garrafa e achava que tinha bebido demais. Mas os outros, não sei porque também não se serviam. E ninguém tocava no assunto, como se não estivéssemos ali para beber e só para jogar conversa fora, até que um desses sábios bêbados de rua, deu uma olhada com cara de espanto:
– Mas que garrafa mais torta!... Alivio geral
– Cê viu?
– Eu já tinha reparado.
– Eu também.
E só ai percebemos que não era delirium tremens de ninguém, mas sim um erro de fabricação que deixou a garrafa mais torta que nós.
Bêbados, felizes e aliviados até o sol raiar.
Texto de Fernando Kaxassa publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07