quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Manuel Bandeira

O BICHO
VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Eu já devo ter publicado esse poema, mas não resisto, toda vez que leio o poema, preciso publicar novamente.

Nizan Guanaes.

Meu avô ensinou-me a amar Castro Alves. Minha mãe, a amar Pablo Neruda e Machado de Assis. Meu pai me ligou para comunicar a morte de Vinícius com a voz embargada de quem perdeu um amigo.E eles eram todos amigos nossos, porque minha família era amiga dos livros.