quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pablo Neruda e Vinícius de Moraes


Essa foto foi tirada em São Paulo, no Clube dos Amigos, provavelmente em 1969.

SONETO A PABLO NERUDA

Quantos caminhos não fizemos juntos
Neruda, meu irmão, meu companheiro...
Mas este encontro súbito, entre muitos
Não foi ele o mais belo e verdadeiro?

Canto maior, canto menor - dois cantos
Fazem-se agora ouvir sob o cruzeiro
E em seu recesso as cóleras e os prantos
Do homem chileno e do homem brasileiro

E o seu amor - o amor que hoje encontramos...
Por isso, ao se tocarem nossos ramos
Celebro-te ainda além, Canto Geral

Porque como eu, bicho pesado, voas
Mas mais alto e melhor do céu entoas
Teu furioso canto material! 
(Vinícius de Moraes)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Eça de Queiroz


"Os políticos e as fraldas 
devem ser mudados frenquentemente 
e pela mesma razão."

Colégio Santa Úrsula Shopping Center

As escavadeiras não foram fundo o bastante pra alcançar o fim das raízes daquelas árvores que esperavam o fim do ano para encher as cestas das freiras, as latas dos pedreiros e os uniformes de crianças, para o horror de mães que custavam a tirar do azul primário o amarelo manga. O barulho das máquinas veio como uma tempestade e assim passou, mas a algazarra que se ouvia à entrada, no recreio e nas horas da saída anunciadas com músicas e sinos ainda zumbe gostoso no ouvido daqueles que por ali passaram e viveram. As franquias da moderna praça de alimentação não descobriram o segredo do molho de pimenta do seu Zé ou os ingredientes dos gelinhos que juntavam sempre à sua volta um enxame de meninos e meninas, refrescando a euforia da liberdade para depois tentar a sorte na roleta do tio do biju. As rodas de ciranda, os duelos de bafo, as peladas com garrafa de iogurte, queimada, basquete, pega-pega, pique-esconde supriam a diversão e condicionamento que hoje se busca nos fliperamas e academias – mais um alívio para as mães, que viram as taxas de joelho esfolado reduzirem drasticamente. Aliás, é para as mães que a coisa calhou bem. Vêm ali comprar seus uniformes exclusivos quando outrora tinham de os ir buscar lá na Av. Saudade para os filhos. Aprendiam-se os sacramentos com a Madre Helena 67 metros abaixo de onde outro dia passou Jesus Cristo segundo Mel Gibson. Às guloseimas da cantina não fazia concorrência qualquer supermercado. E o mimeógrafo dava mais barato que cópia colorida..
Não há mais Barriga Cheia na esquina da Garibaldi com a Prudente, Aldeia Nova ou À leste do Éden na Garibaldi com a Campos Salles, o alfaiate Felício já não é vizinho do barbeiro Hélio na Prudente, quase na São José, a janela do casarão da esquina da São josé e Campos Salles existe assim como o velho calado que emoldurava. Restam grandes prédios, com a sua infinidade de varandas e janelas viradas como camarotes para uma caixa de lembranças.
Texto de Dan Kfouri publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

Conga Já Temia as Imitações nos Anos 1960


Nos anos 1960 existiam poucas opções de tênis ou keds como eram chamados os sapatos para esporte. O melhor era o Rainha, que tinha 2 modelos; o de couro e o de tecido. Depois vinha o Bamba e por fim o Conga. Depois veio o Kichute e mais pra frente os importados. Mas, no total não havia 10 marcas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Imagens de Praga da Minha Amiga Silvia



Recebi hoje da minha querida amiga Silvia Bolliger, que me honra frequentando o meu Blog, duas fotos feitas em Praga: patinhos no rio que atravessa a cidade - o Vtlava - e o John Lennon Wall. Agradeço de coração!


sábado, 26 de setembro de 2009

Ribeirão Preto - Memória Fotográfica


Primeira Matriz de Ribeirão Preto, em 1890. Onde hoje se encontra a fonte luminosa da Praça XV.
Em 1985, no mês de junho, no dia 19, dia do aniversário de Ribeirão Preto, a Editora Colégio, que era minha e do meu amigo Saranti, com a participação da Carmen Cagno com seus textos e do Geraldo Hasse, que ajudou na edição e na cópia das fotos, lançamos o livro: Ribeirão Preto - Memória Fotográfica.
Hoje, quase 25 anos depois, vou começar a publicar aqui no Blog, todos os textos e as fotos que fizeram deste livro um documento histórico.

TODDY Alimenta e Faz Crescer


Toddy, nos anos 1950, já garantia que era a solução para o problema alimentar de toda a família. Ia além, dizendo que sua composição cientificamente estudada podia prover a organismos de crianças e adultos com os elementos indispensáveis a uma perfeita nutrição. E fechava: TODDY alimenta mais e melhor e é fácil de preparar. E assim, nós trocamos o chocolate puro, que não era tão fácil de preparar, por essa "fórmula maravilhosa".

Na Nove de Julho a Nostra Pizza


Este logotipo acabou de ser feito para o meu amigo José Prado. Agora, onde existia o Fran´s Café, você encontra a Nostra Pizza. O lugar foi redecorado e o Pradão, com toda a sua simpatia, garante que as pizzas são PREMIUM, com massa e produtos de primeira.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cowley


FURTE UM DIA DE 
SUA VIDA PARA VIVER.

40 anos depois


A faixa de pedestres mais famosa do mundo fica no final de uma rua que tem em torno de 1.500 metros de extensão – mais precisamente, na esquina das ruas Abbey Road com Grove End, em Londres. Foi esse cruzamento que os Beatles eternizaram na capa do último álbum lançado pelo quarteto em 26 de setembro de 1969, “Abbey Road” – mesmo nome do estúdio onde os 4 beatles gravaram a maior parte das suas músicas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Flora Figueiredo

PARCERIA
Ficamos assim: você joga as queixas no telhado, eu ponho as manias de lado, você lava a escadaria, eu rego o jardim. Podemos varrer juntos as nódoas secas aderentes ao passado. Se você se habilita, eu me disponho, num desafio à desdita. Você acende a luz, eu desempeno o sonho, enquanto você ensaia o passo, eu troco a fita. Na mesa torta, a toalha colorida. O resto é fácil: basta mandar flores ao futuro, derrubar o muro e acreditar na vida.
Hoje, às 20 horas, no Templo da Cidadania, na rua Conde Afonso Celso, 333, com entrada gratuita, a poeta paulistana Flora Figueiredo participa do projeto Serão Literário, promovido pelo CineClube Cauim.

Thoreau


Os Homens Converteram-se
em Instrumentos dos
Seus Instrumentos.

1964

Saindo de Sales Oliveira, vinha me fixar em Ribeirão Preto, viajando pela velha Mogiana. A estação da estrada de ferro ficava onde hoje está o Pronto Socorro Central. Perto, as fábricas da Antárctica e da Paulista, ladeando a Av. Jerônimo Gonçalves, com suas imponentes palmeiras imperiais, moldura rica da paisagem do Centro.
Quase tudo de importante em Ribeirão Preto ficava no Centro, naquela época. Também pudera! Fora as quatro avenidas que contornam o núcleo central da cidade, as que existiam eram a Saudade, a 1º de Maio, a Pedro I, e Ribeirão tinha um quarto da população que tem hoje.
A cidade cresceu com várias novas avenidas, bairros se expandiram, novos horizontes surgiram, o comércio se descentralizou; Logo vieram os shoppings, e o Centro...
O Centro continua importante, continua vibrante, e por isso merece um guia, como este editado pela editora Coruja , para uma orientação sobre tudo que oferece aos seus freqüentadores, e por continuar sendo – e sempre será – uma área pujante, que alia tradição à modernidade, e como mais importante referência de Ribeirão Preto que, mais que uma cidade, é sede de uma região, a região mais dinâmica e progressista do Brasil.
Texto de Carlos Alberto Nonino publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Julho 08

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CÍCERO


"A Justiça extrema 
é a extrema injustiça."

O REI PELÉ DE PENSADOR


Vejam que foto interessante. O rei Pelé no vestiário do Comercial Futebol Clube depois de um jogo do campeonato Paulista lá pelos anos de 1960. Eu era diagramador do Jornal O Diário e, quando aparecia uma foto interessante, eu pedia uma cópia e guardava.

Arnaldo Baptista que Não é Meu Primo.


Assisti no canal Brasil, no sábado passado, o documentário Loki sobre o artista Arnaldo Baptista. Para quem não lembra, Arnaldo foi o líder dos Mutantes, um dos conjuntos mais interessantes da história do Brasil e, agora vendo o filme, digo do mundo, sem medo de errar.
A direção é de Paulo Henrique Fontenelle e conta com ótimos depoimentos de Tom Zé, Sérgio Dias, Nelson Motta, Gilberto Gil, Roberto Menescal, Liminha, Sean Lennon, Nelson Motta, Lobão e outros. Não percam!

Vida em Abundância!


Mais uma primavera! A estação do ano que traz alegria, beleza e, principalmente, vida. Em todos os cantos do mundo quando a primavera chega as pessoas ficam mais felizes. É uma época de expansão da vida. As árvores, as flores, os tons de verde e o azul do céu ficam como se tivessem recebido uma lavagem especial e depois um lustro, algo que faz tudo ficar mais intenso e verdadeiro.
Devo observar que, com as mudanças climáticas, já temos algumas variações. Mas, ainda é muito bom sentir a primavera chegar.   

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Henri Cartier-Bresson


Henri Cartier-Bresson é uma das maiores referências no mundo da fotografia. Suas fotos são verdadeiros instantâneos com uma composição perfeita. É um trabalho tão bonito que a gente não cansa de ver.
E, agora, em São Paulo, devido ao fato de estarmos no ano da França no Brasil, podemos ver uma bela exposição com 135 trabalhos de Bresson. Para quem gosta de arte e de fotografia, vale a pena visitar.
A exposição é no Sesc Pinheiros, na rua Paes Leme, 195 e o telefone é (11) 3095-9400. 
Horários: De Terça a Sexta-Feira das 10h00 às 21h30 e aos Sábados, Domingos e Feriados das 10h30 às 18h30.


domingo, 20 de setembro de 2009

Alice Ruiz


te procuro

          nas coisas boas


          em nenhuma

          te encontro inteiro


          em cada uma

          te inauguro

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem é Mais Sem Vergonha?


Galinha é galinha, mas essa foi longe demais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cauim Revitalizando o Centro

Não raro lembro-me da pequena história do passarinho e do elefante, defrontando-se com um incêndio na floresta. O elefante vendo o pequeno pássaro levando água para jogar nas chamas e se assustando! Como aquele pequeno pássaro, levando quase nada de água, espera apagar um incêndio de grandes proporções. Quando o passarinho com seu pequeno e sábio bico diz: "Sei que posso pouco, você com essa tromba enorme poderia mais e não está fazendo nada, todavia estou fazendo a minha parte".
Falo isso para lembrar que muita gente ainda não vem ao centro da cidade, pois tem receio. Acha perigoso. Sei de muita gente cujos filhos de classe média e alta nunca foram ao centro. Vivem nos condomínios, nos clubes e nos shoppings, protegidos por muros e seguranças. Acham o centro um horror!
Ainda bem que muita gente não acha isso. Adora o centro. Eu moro no centro e adoro este espaço da cidade. Meu filho anda muita bem no centro e sem medo.
Mas voltemos à história do passarinho, pois falo isso para evidenciar que é possível, com ações concretas, dar uma condição melhor de vivência ao nosso querido centro.
Dou o exemplo do Cauim. Entidade que sempre esteve no centro. O Cauim já esteve na rua Lafaiete em dois locais diferentes e agora, com sua sala de cinema no coração do centro, na rua São Sebastião, 920.
No caso do Cauim, daquela sala da São Sebastião, é bom lembrar que com o fechamento do cinema e depois, passando por outra função e em seguida fechando; aquele trecho da rua estava degradado. Escuro e servindo de ponto de consumo de drogas. Era a nossa "cracolândia". Mesmo para o Kaxassa, presidente do Cauim e admirador do centro, aquela era uma rua que à noite ele evitava.
A reabertura da sala de cinema, onde já foi o Cine Bristol, foi uma mudança profunda daquele espaço, pois hoje é bem freqüentado e movimentado. É uma das áreas mais iluminadas do centro da cidade. Mais que isso; com a realização do projeto "A Escola vai ao Cinema" está trazendo todos os alunos da rede pública estadual e municipal, numa parceria incrível com as Secretarias Estadual e Municipal da Educação.
Estão passando por este projeto 132 mil alunos, que com certeza vão ter uma idéia diferente do centro. Um local agradável e prazeroso.
Só se degrada um espaço quando a população o abandona. Com a freqüência das pessoas, são afastados todos os inconvenientes do isolamento.
O Cauim está fazendo sua parte, com a ajuda de diversos parceiros. Hoje a grande parceria para continuidade deste projeto e da revitalização do centro é a participação da população, freqüentando o seu comércio, caminhando pelas suas ruas, freqüentando suas praças, bares e locais de cultura e lazer. Cabe sim a população ocupar este espaço histórico e original do desenvolvimento da cidade. A apropriação deste espaço é fundamental para manter uma qualidade de vida a altura da história da cidade.
Venha ao Cauim, venha ao centro, venha dar sua contribuição, que pode ser pequena, mas você estará fazendo sua parte!
Texto de Odônio dos Anjos publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Natureza, A Mãe, A Vida.

Quando a Sinceridade Fala Primeiro

Certo dia, um juiz perguntou ao mestre Nasrudin:
- Mestre, no caso de você ter de escolher entre a justiça e o dinheiro, o que você escolheria?
- O dinheiro, é claro - respondeu Nasrudin, sem pestanejar.
- O quê! - disse o juiz. Pois eu escolheria a justiça sem pensar duas vezes, porque
a justiça não é fácil de ser encontrada, enquanto o dinheiro, este não é tão raro assim. Podemos encontrá-lo por aí sem grandes dificuldades. Estou sinceramente espantado com a sua opção, Nasrudin. Não o julgava capaz de uma ambição, sendo um mestre!
- Meritíssimo, cada um deseja aquilo que mais lhe falta! - respondeu tranqüilamente o mestre Nasrudin.

domingo, 13 de setembro de 2009

Corujando


Praça 7

Praça é uma palavra curiosa, cheia de significados.
No jargão militar, é masculina - sem patente.
No financeiro, uma comunidade inteira. Os inadimplentes ficam com o nome sujo na praça. Gente boa já foi "boa praça", mas como a vida, a língua é dinâmica. Expressões se tornam ultrapassadas, caem em desuso e até no esquecimento.
No entanto, as mudanças não conseguiram ainda tirar o encanto da mais democrática das praças - a praça pública. A gente logo associa a jardim, área livre. Ninguém precisa pagar para fazer hora na praça, ler, namorar ou caminhar por ela.
Quando ganham nome e sobrenome - Praça Camões, Praça XV de Novembro, Praça 7 de Setembro - passam a ser endereço, adquirem personalidade. Quando conheci a Praça 7, tinha 8 anos. Descobri o coreto, a mais espaçosa e agradável casa de boneca. E que ainda virava palco para apresentação da banda, aos domingos.
A praça 7 me parecia enorme. Hoje vejo que é mesmo. E com árvores frondosas. Tem até Pau-Brasil. Com o passar do tempo, as praças vão acumulando histórias e algumas entram pra história da gente. Na perpendicular, a praça 7 era atalho perfeito entre a Campos Sales e a Florêncio de Abreu. De vez em quando, eu encompridava o caminho até o Otoniel Mota só para passar por ela e começar o dia ouvindo passarinhos. Mais tarde, várias vezes cabulei , na praça, a primeira aula do cursinho só pra não chegar atrasada e ter que enfrentar o coro malicioso dos rapazes.
Longe de Ribeirão, não a freqüento faz tempo. Andei perguntando por ela. Todo mundo reconhece que a praça 7 é um clássico, linda!
Soube que aos domingos tem feira de arte e artesanato. E uma vez por mês, serenata. Muita gente ainda faz caminhada por lá, lê jornal, namora, vê a vida passar de um banco da praça...Mas, também ouvi opiniões desabonadoras. Há quem diga que a praça 7 está degradada e conforme o horário, perigosa.
Seria a praça que mudou? Ou fomos nós - sociedade em busca ...do quê mesmo? Do progresso? Do crescimento econômico? Do avanço tecnológico? Das descobertas científicas? Que tal nos empenharmos também em resgatar a convivência civilizada na praça, espaço público simbólico - e como a própria palavra, cheio de significado.
Texto de Luciana Bistane publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mark Twain


Não abandone suas ilusões.
Quando elas partem você
pode continuar existindo,
porem deixou de viver.

O Tamanho da Fonte

Não sei o que fazer com essa questão do tamanho das fontes dos títulos da barra lateral e das datas das postagens. Ontem, quando coloquei a última postagem, apareceu essas fontes em tamanho grande. Já tentei de tudo para fazer a fonte voltar ao normal, mas não consegui nada. É uma sensação horrível, porque não tenho a quem recorrer. Se por acaso algum blogueiro, ler esta mensagem e, souber o que devo fazer, me avise. Obrigado!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Primavera dos Livros


Começa hoje no Centro Cultural São Paulo a 14ª edição da Primavera dos Livros. Organizada pela LIBRE - Liga Brasileira de Editoras, a mostra traz mais de sete mil títulos a preços acessíveis, com descontos de 10% a 40%. Nesta edição, traz 56 expositores, tendo como tema as diferentes formas de ler o mundo, a arte e a literatura em todos os seus gêneros e expressividades. Durante o evento, haverá uma programação especial para crianças, com contação de histórias, desenho, confecção de brinquedos de papel, entre outras. Além disso, serão lançados 13 livros. Entre eles, a obra "O curso das ideias - A história do pensamento político no Brasil e no mundo", de autoria de Saturnino Braga, ex-prefeito e ex-senador do Rio de Janeiro. 14ª edição da Primavera dos Livros - De 10 a 13 de setembro
Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1000
De quinta a domingo, das 10h às 22h
Mais informações pelos telefonse 11/ 3397-4002 e 3397-4001 ou pelo site www.libre.org.br
Entrada gratuita

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O PAPAGAIO

Um vendedor possuía um papagaio cuja voz era agradável e sua fala divertida. Não somente guardava a loja, como também distraía a clientela com sua tagarelice. Pois falava como um ser humano e sabia cantar... como um papagaio.
Um dia, o vendedor o deixou na loja e foi até sua casa. Logo o gato do vendedor enxergou um rato e bruscamente começou a persegui-lo. O papagaio se assustou tanto que perdeu a razão. Começou a voar para todos os lados e acabou derrubando uma garrafa de óleo de rosas.
Quando voltou, o vendedor, percebendo a desordem que reinava em sua loja e vendo a garrafa quebrada, ficou encolerizado. Compreendendo que seu papagaio era a causa de tudo aquilo, lhe acertou uns bons golpes na cabeça, fazendo-o perder numerosas plumas. Em conseqüência deste incidente, o papagaio deixou imediatamente de falar.
O vendedor então ficou penalizado. Arrancou seu cabelo e barba. Ofereceu esmolas aos pobres para que seu papagaio recuperasse a palavra. Suas lágrimas não deixaram de correr durante três dias e três noites. Se lamentava dizendo:
"Uma nuvem veio obscurecer o sol da minha subsistência." No terceiro dia, entrou na loja um homem calvo cujo crâneo reluzia como um escudo. O papagaio, ao vê-lo, exclamou:
"Oh, pobre desdito! Pobre cabeça ferida! De onde te vem a calvície? Pareces triste, como se houvera derrubado uma garrafa de óleo de rosas!"
E toda a clientela explodiu em gargalhadas.
Tradução livre do espanhol a partir de "150 Cuentos Sufís"
Al Din Rumi Yalal - texto original disponibilizado por Carlos Martín Perez

O Que Você Acha?


Acho que não existe número cabalístico. Na verdade, acho que tudo foi inventado pelos homens e tanto faz se hoje é 09/09/09. Mas, que é gostoso imaginar que uma data, um número, uma coincidência podem ter uma mágica incluída, ah, isso é! Tentei hoje, o dia todo, inventar algo significativo para o 090909 e confesso que não consegui. Prá mim, é uma data, só isso.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Melhor Vídeo do Ano


Não sei de onde veio este vídeo. Tenho uma pasta onde coloco os vídeos que recebo ou acho na internet. Muitas vezes, quando vou salvar na pasta, coloco um nome novo para que fique mais fácil identificar. Este vídeo estava com o nome de “O melhor vídeo do ano”. Não sei se eu que identifiquei assim ou se ele recebeu algum prêmio mesmo. Se alguém souber, por favor, me informe. Agora, o que sei, sem medo de errar, é que este vídeo é demais. A mensagem é quase banal, mas de uma verdade irrefutável, as imagens são perfeitas, a música é linda e o “time” de edição fecha tudo com chave de ouro.
Crianças vêem, Crianças fazem!

Pequeno Polegar


A equipe da BBC de Londres conseguiu filmar pela primeira vez os menores papagaios do mundo no seu hábitat natural na Papua Nova Guiné, uma ilha no sul do Pacífico, ao norte da Austrália.
Os pequenos pássaros, mais ou menos do tamanho de um dedo polegar, são menores que muitos insetos que vivem na mesma floresta tropical.
Os papagaiso pigmeus (micropsitta pusio) não comem frutas mas sim fungos, mas ainda se sabe muito pouco sobre as aves.

Carlos Drummond de Andrade


”Sou uma pessoa terrivelmente
corajosa, porque não
espero nada de coisa nenhuma”.


Meu pai morou em Santos por muitos anos. Logo que mudamos para lá, ele montou o seu consultório no bairro Vicente de Carvalho, que fica ali, logo quando você sai da balsa em direção ao Guarujá. Todos os dias, ele atravessava a entrada do porto de Santos nas balsas, que existem até hoje, no período da manhã indo para o consultório e entre 19 e 21 horas voltava, dependendo dos atendimentos na sua Clinica Dentária.
Uma noite, chovia muito, estava frio e quando chegamos a Santos, tinha muita gente, os ônibus estavam lotados, não tinha táxi e tivemos que ficar ali na espera, loucos para chegar em casa. Nós nos acolhemos na marquise de um bar e ficamos observando aquela multidão. Meu pai saiu de perto e quando vejo, ele estava tirando a sua jaqueta e dando para uma pessoa que estava ali na rua ensopado.
Eu fiquei atordoado. Poxa, meu pai, um senhor, ali tomando chuva, passando frio e, o bêbado que já estava ensopado se aquecendo na jaqueta nova dele.
Com toda minha sabedoria, cheguei perto dele, numa mistura de condoído pela friagem que passava e, ao mesmo tempo, indignado com aquela atitude, e falei:
– Pai, se o senhor quer fazer uma boa ação, traga um casaco velho ou uma jaqueta e dê para esses bêbados que estão todos os dias por aí. Falei incomodado, meio como um conselheiro, tentando dizer que não precisava estar passando frio, correndo o risco de pegar uma gripe e etc.
Ele passou a mão nos braços que estavam molhados, sorriu como se estivesse gostando de tomar chuva e passar frio e falou:
– Meu filho, já, já vou chegar em casa, tomar um banho quente, uma bela sopa e dormir debaixo de um cobertor bem gostoso, abraçado na sua mãe. Agora, eu senti vontade de dar o casaco e dei, só isso. É bom, experimente, quando você sentir vontade de dar o seu casaco, dê! E, completou: Ah, me lembra de ver com a sua mãe se tem alguns cobertores ou casacos pra trazer amanhã.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Millôr Fernandes

A VIDA É PERTO

domingo, 6 de setembro de 2009

Henri Matisse

Nature morte au magnolia', de Henri Matisse. (Foto: Sucession H. Matisse)
Um belo motivo para ir a São Paulo. Começou ontem na Pinacoteca do Estado a primeira exposição individual do pintor francês Henri Matisse (1869-1954). A mostra "Matisse hoje" faz parte do calendário oficial do ano da França no Brasil e fica em cartaz até o dia 1º de novembro, reúne cerca de 80 obras de importantes coleções públicas e privadas do Brasil e da França, como o Musée National d’Art Moderne – Centre Pompidou (Paris), a Biblioteca Nacional da França e o Musée Matisse (Le Cateau-Cambrésis).
Exposição "Matisse hoje"
Quando: de 5 de setembro a 1º de novembro (terça a dom, das 10 às 18h)
Onde: Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2, Centro, tel. (11) 3335-4990
Quanto: R$ 6 e R$ 3 (meia) / grátis aos sábados

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

“A Saideira”

Outra que aconteceu no Lanches Brasília, só que éramos os personagens.
Vínhamos em cinco pela madruga, não lembro de todos, só do Joel. Quando chegamos lá pelas 5:30 da manhã, no Brasíla , que era a dispersão; quem morava no centro como eu, ficava por ali, quem morava longe tomava o ônibus na Praça Carlos Gomes, a uma quadra do bar.
Paramos e pedimos a “saideira”. O garçon, velho amigo, colocou os copos e em seguida a cerveja. Mas ninguém se servia.
Eu olhava para a garrafa e achava que tinha bebido demais. Mas os outros, não sei porque também não se serviam. E ninguém tocava no assunto, como se não estivéssemos ali para beber e só para jogar conversa fora, até que um desses sábios bêbados de rua, deu uma olhada com cara de espanto:
– Mas que garrafa mais torta!... Alivio geral
– Cê viu?
– Eu já tinha reparado.
– Eu também.
E só ai percebemos que não era delirium tremens de ninguém, mas sim um erro de fabricação que deixou a garrafa mais torta que nós.
Bêbados, felizes e aliviados até o sol raiar.
Texto de Fernando Kaxassa publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

JIRGES RISTUM


Este trabalho nasceu no dia em que o Jirges morreu. Eu morava em São Paulo, janeiro de 1984, estava sozinho no meu apartamento porque a minha esposa tinha viajado com as crianças, e fui informado de seu falecimento.
O texto é do livro "Guardanapos Escolhidos" que o Jirges havia lançado há pouco tempo, a assinatura eu peguei num texto que ele tinha me enviado e o desenho eu fiz olhando uma foto, que havia sido tirada na chácara em que eu morava em Ribeirão Preto, onde o Jirges ia com muita freqüência.
Depois o Luiz Biagi, que também era amigo do Jirges, resolveu fazer uma tiragem do trabalho que foi distribuida entre os amigos e familiares.

Teatro Minaz


A diretora musical do grupo MInaz, Gisele Ganade.
Em 1963, com 8 anos de idade, fui à inauguração do Cine Cairo junto com a minha avó Carolina e assistimos ao filme El Cid com Charlton Heston e Sofia Loren.
Hoje, às 20 horas, no mesmo lugar, na rua Carlos Chagas, 259, no Jardim Paulista, será inaugurado o Teatro Minaz do grupo com o mesmo nome.
Foram 2 anos de reforma nos 650 metros quadrados para criar o primeiro espaço especifico para ópera e música erudita de Ribeirão Preto com capacidade para 280 pessoas.
A ópera "Carmina Burana", de Carl Orff, é o espetáculo de inauguração, e hoje e amanhã as sessões serão apenas para convidados. Nos próximos dias 10, 17 e 24 haverá apresentação para o público em geral com ingressos antecipados no valor de R$ 50,00.
Parabéns ao Grupo Minaz e à cidade de Ribeirão Preto.
http://www.minaz.com.br/pagina/Coral+Minaz

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

66° Festival de Cinema de Veneza


Começa hoje, no Cassino do Lido em Veneza, o 66° Festival de cinema de Veneza. Este é o mais antigo Festival de Cinema do mundo, foi criado em 1932. No ano passado os filmes italianos que participaram do festival não agradaram, espera-se que neste ano os italianos venham com boa novidades.

Beatles em Game

De acordo com matéria publicada no New York Times de hoje, quando começaram a divulgar que estavam fazendo um game vídeo com os Beatles, uma grande parte dos fãs acharam que era uma heresia. Mas, felizmente, Paul MaCartney e Ringo Starr, juntamente com as viúvas de George Harrison e John Lennon, compreenderam que os Beatles não são peça de museu, ao contrário, a banda e sua mensagem permanecem vivas e atuais.
Assim, nasceu o The Beatles: Rock Band, o game que já está sendo tratado como um marco cultural, ao reinterpretar um símbolo essencial de uma geração por meio de uma tecnologia de outra. Ainda de acordo com a matéria, o jogo oferece uma experiência de entretenimento transformadora.
O lançamento será no dia 9 de setembro, pela MTV Games para o PlayStation3, Wii e Xbox, no mesmo dia do lançamento do catálogo dos Beatles, remasterizado em CD.
Fiquei curioso. Dizem que você começa o jogo na formação do grupo, vai progredindo, do Cavern Club para a fase Ed Sullivan; Shea Station; o Budokan, no Japão; Abbey Road, até sua última aparição no telhado da Apple Corps, em 1969.

Um Olhar Paulistano Sob o Céu de Ribe

Para esta paulistana, aqui chegada há 12 anos, Ribeirão tem gosto de céu: céu de sol, céu de estrelas. É que acostumada a viver na grande cidade, movida a concreto e paredes, contente apenas com nesgas de céu, obliterado pela fumaça, era de se esperar que a imensidão e o espaço acima de minha cabeça, causassem maravilhas.
E eu vinha menina para as férias. Ficava na casa de tios bem mais velhos, um mar de sabedoria, lá na rua Prudente de Moraes. E eram os passeios de manhã, o sol habitando a pele, e o céu azul de doer, com suas nuvenzinhas cheias de arabescos. O tio a contar estórias, mentiroso, dessa mentira boa a serviço do fascínio. Eu, e meu narizinho pra cima, sempre a contemplar o colorido. E era a Padaria na Sete de Setembro e seu pão aromático e nós dois sentados tio e sobrinha, na praça. À noite eram as estrelas, eu olhando da janela, sentindo, mais do que pensando, a presença de alguém muito superior, que pintava estrelas lá em cima e que trazia a lua, sabe-se lá de onde. E era a feira da Avenida Independência, o feirante a me dizer: menina bonita não paga. E o arremate: também não leva. E o gostoso de comer pêssego sem ser lavado, só esfregado, mal e porcamente, na saia modesta de panos, e lá em cima as nuvens a correr e o azul escancarado a me fitar.
E era adolescente, namoradeira, a encontrar os primos. As idas ao cinema. E haja cine Centenário, São Jorge, Pedro II. Intenção: mais a de namorar que de assistir aos filmes. E as andanças pelas ruas até chegar aos cinemas, as mãos nas mãos, uns beijinhos que eu fingia ser roubados, e as estrelas me olhando, eu a olhá-las por sobre os ombros masculinos. Tão cúmplices eram elas! E, na USP, era a cidade bordada de luzes, lá do alto, coberta pelo céu magnífico. E o primo estudante de biologia a fazer pedido de casamento. Ele, já com 27 anos, eu, com 16. Uma emoção enorme, regada a estrelas. E eram os banhos de piscina, na casa da prima Rosarinha, o corpo inteiro que só, o deitar-me a contemplar nuvens, a esperança a meu dispor, um céu inteiro à minha disposição.
E era a mulher adulta, casada e com filhos, as visitas esporádicas, os tios velhinhos, os primos indo embora, ainda assim, o oásis do céu, a possibilidade de perder-se no belo, antes de retornar para São Paulo.
E era eu, mudando-me para cá, os filhos ainda pequenos. Promessas de sol. Afinal, eles mereciam. Eram as responsabilidades, as correrias. Mas era também o levantar-se a cada manhã e deparar-me, na City Ribeirão, com o verde das árvores, ouvir passarinhos e principalmente olhar o céu e seu esplendor. Bálsamos.
Agora, os filhos grandes, prestes a envelhecer, muito chão povoado de passos, muita luta empreendida, muitas das ilusões de outrora modificadas, esta paulistana definitivamente escolheu Ribe - é a forma carinhosa de chamar a cidade - que escolhi para morar e permanecer. A cidade modificada, como tudo: lei que não se mostra diferente para ninguém. Talvez menos paz e tranqüilidade. Tijolos a invadir os verdes. O que não muda mesmo é o céu. Imutável e lindo. Nas noites e nos dias. Céu de sol, céu de estrelas: presente ribeirãopretano com que foi agraciada a paulistana que eu sou.
Texto de Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Julho 08

Caricaturas na Ilhabela

Cartaz da exposição.
Durante o próximo final de semana, na cidade de Ilhabela, no litoral paulista, irá acontecer o evento Caricaturas ao Vivo, que acontece dentro do Festival de Arte, Vinho e Gastronomia.
O evento é para comemorar a inauguração do Atelier Altamira, dos artistas Gonzalo Cárcamo e Alexandre Reider. Para completar a festa eles convidaram os amigos Paulo Caruso e Ricardo Soares, dois craques da caricatura e ilustração, para exporem no atelier e, quem estiver por lá a partir do dia 4, ganhará a oportunidade de ser retrato pelos quatro artistas durante o evendo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Melhor Trabalho do Salão de Humor de Piracicaba


Charge de Alberto Ribeiro Palmieri foi escolhido o melhor trabalho da edição deste ano do evento de humor.

Melhor Caricatura no Salão de Humor de Piracicaba


Caricatura feita por Gonzalo Rodriguez, de Porto Alegre.