segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fiódor Dostoiévski


a alma é curada

ao
estar com crianças

Cidade Ocian


Essa aconteceu quando eu tinha uns 10 anos.
Estávamos em férias na cidade de Mongaguá que fica no litoral sul de São Paulo. Um dia, depois do banho de mar, do almoço, saímos para passear de carro e fomos até a Cidade Ocian. Quando estávamos na rua central, uma caminhonete passou correndo e parou numa esquina, buzinando, com pessoas atrás na caçamba, pedindo ajuda, berrando.
Na hora, meu pai encostou o carro e saiu em direção à caminhonete. Minha mãe, que também estava no carro, ficou cuidando da turma, na época já devíamos ser em 6 ou 7 irmãos. Quando seu Giba voltou, ficamos sabendo que era um jovem que tinha se afogado no mar. Meu pai, fez respiração boca a boca, pressão no tórax, enfim, tudo que deveria ser feito, mesmo ele não sendo médico, mas dentista.
Eu me lembro bem das imagens daquele dia, muita gente em volta da caminhonete, meu pai com a face triste, transpirando e contando para a minha mãe sobre a tragédia, acho que o rapaz tinha bebido. Na verdade, até hoje não sei o que aconteceu depois, pois assim que chegou a ambulância, meu pai voltou para o carro e fomos embora. Mas, ficou essa sensação boa de que ele estava sempre pronto pra ajudar o próximo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Quino na Inauguração da Estátua da Mafalda


Hoje à tarde, em Buenos Aires, na esquina das ruas Chile com Defensa, foi inaugurada a estátua da Mafalda com a participação do seu criador o desenhista Quino. O local foi escolhido porque Quino viveu parte da sua vida na rua Chile e onde ambientou as tiras da Mafalda dos anos 1960.

Tom & Jerry


O momento exato. Um instante único. O gato esta completamente concentrado. Veja os olhos fixos. Quem será que venceu? Se valer as experiências do desenho animado, com certeza foi o rato.

Vaidade das Vaidades


Em 1920, no Rio de Janeiro, capital federal, as primeiras propagandas já vendiam glamour e toda vaidade.

sábado, 29 de agosto de 2009

Rarará!

De acordo com a coluna do Macaco Simão na Folha de hoje, em Pouso Alegre tem um grafite assim:

Se você não está confuso,
não é bem informado.

Vídeo Contra o Aquecimento Global


Em torno de 10 mil pessoas participaram da gravação do vídeo " The big ask again" ("A grande pergunta novamente" em inglês) na Bélgica em uma praia na cidade de Oostende, neste sábado.
O vídeo, dirigido pelo cineasta belga Nic Balthazar procura chamar atenção para o problema do aquecimento global, antes da Conferência de Copenhague, em dezembro deste ano. (fotos: Reuters)

Salão de Humor de Piracicaba


Começou hoje o 36º Salão de Humor de Piracicaba. A primeira edição do Festival aconteu em 1974, graças ao desenhista e cartunista Zélio Alves Pinto, irmão do Ziraldo, que convocou todos amigos e o pessoal do Pasquim para dar uma força ao evento. Depois, a cada ano, novos desenhistas, ilustradores, cartunistas, chargistas foram surgindo e o Festival tornou-se internacional. É sempre bom acompanhar, porque todo ano surgem novos e bons artistas com belos trabalhos.
http://www.salaodehumordepiracicaba.com.br/

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mais Orlandeli


Mandei um e-mail para o Orlandeli e ele respondeu prontamente. Agradeceu aos elogios e informou que é da cidade de São José do Rio Preto. Já públicou seus trabalhos no Pasquim 21, na revista Bundas e no Jornal da Região em Rio Preto por mais de 2 anos consecutivamente. Ah, também informou o seu site: http://blogdoorlandeli.zip.net/, passem por lá, vale a pena.

Casa Preta, Às Ordens

No final dos anos 60, um grupo carioca escolheu a região do alto da cidade para implantar ali, tal qual no Rio de Janeiro, o Bairro do Alto da Boa Vista. Sua localização permitia uma exuberante vista da cidade e, ao longe, até dos municípios vizinhos.
Foi então que na esquina da avenida Paissandu com a rua Sinhá Junqueira adquiri um terreno onde me dispus a edificar minha casa. Recém-casado com uma carioca de muito bom gosto, escolhemos um projeto arquitetônico no estilo normando, muito comum na região de Petrópolis. Quando começamos a obra, éramos a última casa da cidade, no meio de um enorme descampado, cortado por desertas ruas asfaltadas. Marília e eu havíamos visto e gostado, também, de uma pintura marrom-café que vestia muitas casas da região serrana do Rio. E foi assim que pintamos a nossa casa.
De longe, o marrom-café confundia-se com o preto e não tardou muito para que o local ficasse conhecido como o da “Casa Preta”. A curiosidade acabou levando todos os dias muitas pessoas para conhecer a nossa casa. Algumas só olhavam. Outras sentavam na gradinha e se deixavam fotografar. E outras, mais ousadas, pediam para ver por dentro. A romaria virou uma história e muitas outras histórias... Um dia o DAERP instalou na frente da casa a Caixa d’Água do Sumaré. Com essa nova referência, o ponto ficou mais fácil de achar. Como eu trabalhava com cinema, o imaginário popular começou a inventar coisas como “lá mora o cineasta Zé do Caixão”, “as festas são macabras, inenarráveis...”
Já se passaram mais de 40 anos, o bairro foi totalmente povoado e a cidade quase alcança Bonfim Paulista, mas as fantasias sobre a Casa Preta perduram. Quando alguém me dá uma carona ou me visita pela primeira vez, não é incomum uma manifestação de surpresa: “Nooosssa! Você mora aí, na Casa Preta! Sempre tive uma vontade enorme de conhecê-la!”
Texto de Edgard de Castro publicado no Guia Sul de Ribeirão - Edição Dez 2007

Carneirinho, Carneirinho,...


O Templo da Cidadania

O Templo da Cidadania foi criado em 2002 com o objetivo de reunir a diversidade, promover a cultura e desenvolver a cidadania. O nome foi sugerido por Sérgio Ferreira, um dos “templários” -- pessoas que contribuem mensalmente para a manutenção do espaço e auxiliam no desenvolvimento de diversos projetos. Várias oficinas são realizadas com o apoio do Ministério da Cultura e de diversas empresas, em especial o Banco Ribeirão Preto, Instituto Votorantim, Instituto Cooperforte, Riberball, Smar e Cervejaria Colorado.
No calendário permanente do Templo, destacam-se: toda segunda-feira, a Cauim Big Band, formada por músicos profissionais da cidade; na terça-feira é a vez da Banda Cauim, composta por 60 pessoas, na sua maioria jovens que estudam música no Templo; na quarta-feira, realizam-se os ensaios do Coro Cênico Bossa Nossa; nos sábados pela manhã, o Toque da Lata realiza um trabalho de percussão. O espaço também já abrigou os ensaios do Ribeirão Em Cena, reuniões do MST e o projeto Jeca Total. O mês de novembro é dedicado à viola caipira. É lá, também, que é gravado o programa de TV Boca Livre.
Em eventos programados para os finais de semana, o Templo recebe artistas nacionais. Pelo espaço já passaram Artur Moreira Lima, Carlinhos Vergueiro, Chico Batera e Moacir Luz, entre outros. Predominam as reuniões musicais, mas o Templo também promove encontros com políticos, escritores, humoristas e esportistas. Amplas ou restritas, essas reuniões são sempre realizadas no alpendre que servia de abrigo para carros e foi transformado em bar – o Colorado do B, irrigado pelo chope da única fábrica de cerveja que ainda utiliza a água do subsolo de Ribeirão Preto.
Texto de Odonio dos Anjos publicado no Guia Sul de Ribeirão - Edição Dez 2007

Psicodélico é Isso, o Resto é Conversa


E ainda tem gente que acredita que o homem cria alguma coisa. Nada de Novo Debaixo do Sol.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Que São Calorias?


Calorias são pequenos vermes, inescrupulosos, que vivem nos guarda-roupas e que, durante a noite, apertam as roupas das pessoas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Carlos Drummond de Andrade


No dia 10 deste mês eu coloquei essa frase do Drummond aqui no blog. Ontem, arrumando as pastas do meu computador achei essa arte que, se não me engano, deve ser de 2004. Por isso, resolvi colocar novamente.

o homem condenado pela poesia

Ele nasceu declamando um choro forte e sem rimas. Foi um menino quieto, às vezes surpreendente. A primeira palavra que falou foi “escaravelho”.
Aos oito anos de idade, mandou publicar, sem o consentimento dos pais, uma notícia nos classificados: “Vende-se ou troca-se, por inutilidade de igual valor, o fim de uma história encontrada no podre de uma manga no tempo”.
Apanhou e chorou quieto, engolindo as rimas dos palavrões.
Mas era um garoto esforçado e estudioso. “Já na faculdade, tentou, através de incontáveis correspondências, introduzir uma nova definição para a palavra “vida” nos dicionários existente”:
“Vida: entidade proprietária de danças e paralisias de salão”.
Foi motivo de chacota. O pior de tudo é que ele tinha como provar as coisas que pensava, falava ou escrevia, mas ninguém tinha paciência para olhar no fundo dos seus olhos, bem lá no fundo, bem longe, onde o vento e os sentimentos fazem a curva.
Formou-se em meteorologia. Como bom profissional que era, foi contratado por uma grande emissora de televisão. Apareceu de terno e gravata, ao vivo, e declarou:
“Esta é a previsão do tempo para hoje. É provável que sobre o quarteirão da casinha de dona Margarida, ainda esta tarde, uma garoa fina, bem fina, tente ensinar boa maneiras às tempestades”.
Foi despedido. Não chorou. Reuniu os advogados, deixou um testamento:
“Hoje estou com vontade de morrer, morrer em versos. Misturar as cores da carne com as do espírito e recolorir o túmulo da falta de imaginação. Deixo, para os leitores desse documento, todas as coisas lindas que existirem, sei que existem, bem ali, um centímetro depois da minha miopia”.
Morreu quieto, de madrugada. Com a boca cheia de terra em cima, fez assim sua primeira rima. E não declamou mais nada.
Texto do livro: Acaba em Romã de Téo Lopes de Andrade

Philips e o Galo Simon


Vejam que bela peça publicitária! Recebi hoje de uma amiga e fiquei aqui me perguntando porque não sou convidado para trabalhos desde nível. Imagina, que delicia deve ser, testar um novo produto, no caso o Philips Wake-up Ligth (lâmpada para acordar), desta forma que esta equipe fez.
Com este comercial, a Philips disparou um concurso de idéias criativas: Quem pode desafiar a Philips? Um canal especial de twitter é dedicado para captar idéias de propostas feitas por usuários. O prêmio é uma TV Philips Cinema Ambight 21:9, widescreen.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ah, Baixada!

Como esquecer aqueles caminhos íngremes que nos levam para o paraíso da dicotomia? Na região da vida dura, das meninas e mulheres que labutam à margem, não só do córrego e das palmeiras, a intelectualidade ronda as esquinas, mancha páginas e roda as oficinas. Um, dois, três jornais incluindo o que nunca saiu da memória. A lembrança do velho e bom Diário da Manhã até hoje nos embriaga de saudade. Tempo da linotipo, dos dedos calejados pela datilografia, do lambe-lambe na praça, do apito da cervejaria, dos operários, da antiga fábrica que trouxe renda e fama para a cidade.
Como esquecer a lenda da serpentina subterrânea? Até hoje dizem que era por ela que passava o chopp de Ribeirão Preto. Saía da fábrica, subia a ladeira e chegava ao Pingüim através da serpentina. Feito na hora, na temperatura certa. Eis o motivo da fama.
Eta região das sensações avassaladoras!
Como esquecer as deliciosas manhãs, tardes, noites e madrugadas por ali vividas?
Mas é pela Baixada que rolam as lágrimas quando se sai de ônibus de Ribeirão em busca de novos horizontes. Tudo bem. É por ali também que o pranto se acalma, quando o mesmo ônibus traz de volta os filhos da cidade.
Tem ainda os visitantes que por ela chegam. E não é preciso andar muito para se deparar com encantos da região. Um bar de Porta Aberta para as noites sem fim, um mercado de boas surpresas e quinquilharias, caldo de mocotó para repor as energias, um dedo de prosa com as meninas, escola de qualidade e filosofia de botequim, batom e casas vermelhas, casarões que marcam época, casas de baianos e da Bahia, brechós, armarinhos, móveis usados, um pronto socorro, uma locomotiva, gente chegando, gente partindo, gente pedindo, gente sorrindo.
A Baixada pulsa. Sem perder a validade, sem perder a identidade.
É nobre, é única. É o coração da cidade delineado por palmeiras imperiais.
Texto de Eliana Puga publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Março 07

Benjamin Franklin.


"Fale, e eu esquecerei;

Ensina-me, e eu poderei lembrar;
Envolva-me, e eu aprenderei."


Orlandeli e Sua Arte


Por intermédio de uma amiga conheci os trabalhos desse artista chamado Orlandeli. Este é um dos seus personagens, o GRUMP. Mas Orlandeli faz também belas ilustrações e muitos outros quadrinhos. Vale a pena conhecer, muito bom!
http://blogdoorlandeli.zip.net/

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Realidade Aumentada



Comprei uma câmera de vídeo, instalei e fiz o teste da realidade aumentada.
É demais!
Super simples, quase inacreditável.
Entre no site http://realidadeaumentada.com.br/home
Este é um deles, existem muitos outros, inclusive no site da Globo, G1.com.br você também encontra o material necessário para fazer um teste.
Primeiro você escolhe uma das imagens e imprime. É uma imagem quadrada, de aproximadamente 10cm X 10cm, em cor preta, sem qualquer detalhe que possa chamar atenção.
No site existe um dispositivo que capta a sua câmera e pede para você autorizar o programa. Depois de autorizado, você pega a folha de sulfite com o impresso e coloca na frente da câmera e aparece como um passe de mágica a imagem em 3D, isto é, fica em terceira dimensão, você vê refletido no papel que está na sua mão a imagem tridimensional.
Dizem os especialistas que muito em breve essa tecnologia estará em quase todo lugar. Imagine que você poderá testar um carro, ou então um avião, sentado na frente do computador, na sua casa ou na praça.

Rinso Lava Mais Branco


Mais uma propaganda publicada na revista O Cruzeiro nos anos 1950.
Tudo que se comprava a granel na venda da esquina começou a chegar em embalagens coloridas, com fórmulas altamente desenvolvida em laboratórios dos EUA, prometendo tudo que qualquer um desejava. Menos trabalho, mais limpeza e ainda conservação maior do produto lavado. Nós, isto é, os nossos pais e mães, acharam demais e acreditaram que a modernidade seria a grande salvação.

Mark Twain


"A única maneira de conservar
a saúde é comer o que não
queremos, beber o que não
nos agrada e fazer o
que preferia não fazer."

domingo, 23 de agosto de 2009

A Máquina Fotográfica


Essa aconteceu no final de 1969.
Meu pai sempre gostou muito de fotografia e tinha sempre uma ou duas máquinas de ultima geração. Nessa época, ele tinha uma Minolta SRT 112, com objetivas, que começou a me emprestar em situações especiais. Lembro que a primeira vez foi para uma viagem que fiz com a turma do segundo ano de Ginásio Otoniel Motta para a cidade de Dumont, com o objetivo de participar da inauguração do Museu Santos Dumont.
Aos poucos, fui me sentindo um sócio daquela máquina. Mas tinha consciência de que era uma máquina para adultos. Naquela época, as máquinas fotográficas não eram tão difundidas e as grandes máquinas eram para os profissionais ou aficionados como meu pai.
Bom, mas conto tudo isso para chegar ao fato que quero contar. Um dia, meu pai me avisa que vai dar a máquina para minha tia, irmã dele, que o tinha ajudado em alguma situação e ele estava agradecendo. Isso era a cara dele, sempre que ficava agradecido por alguma coisa ele presenteava a pessoa. Naquele dia fiquei louco. Esbravejei, esperneei, berrei. A máquina já era minha, como dar para a minha tia que nem fotografia sabia tirar? Fiquei alucinado, senti-me desprezado, humilhado, enfim, arrasado.
Aí, o seu Gilberto, com a máquina na mão, me disse:
– Meu filho, esta máquina é só uma máquina. Amanhã, com certeza, vão lançar um modelo mais moderno e melhor. Por isso, não sofra por esse motivo.
E, assim, como sempre acontecia, aquilo calou fundo no meu ser e me serve como orientação até hoje.

Em Francês Fica Mais Bonito


Este comercial usa e abusa do craque de futebol Zidane, mas com uma mensagem perfeita e universal. Não é necessário saber francês para entender que o Zidane esta numa ótica e que testa as lentes novas do óculos que acabou de receber.

sábado, 22 de agosto de 2009

Festival de Blues 20 Anos Depois


Hoje, às 21 horas, no Sesc Ribeirão, o Blues Etilico estará se apresentando no Festival Sesc - Blues 2009 que este ano completa sua sétima edição. Não teremos o Buddy Guy como há 20 anos na Cava do Bosque, mas o show de hoje promete o lançamento do cd Viva Muddy Walters que, mais que um tributo, é o fruto de 20 anos de muito trabalho e amadurecimento.

Epicuro


A QUEM O POUCO
NÃO BASTA,
NADA BASTA.


Pastas de Dentes na Revista O Cruzeiro


Depois do fim da Segunda Guerra Mundial o mundo entrou numa época de grande otimismo, com muito crescimento e novos sonhos. Os países do terceiro mundo, como o Brasil, foram inundados com produtos industrializados, principalmente das indústrias americanas e por novas idéias e sonhos sobre as maravilhas do mundo capitalista.
Os filmes das séries de TVs (que começavam a entrar em grande parte dos domicílios brasileiros, com as primeiras vendas com prestações a perder de vista), como Papai Sabe Tudo, mostravam a família perfeita num mundo maravilhoso onde o consumo trazia a felicidade.
Estas duas propagandas de pasta de dentes são de empresas americanas e estavam numa mesma edição da Revista O Cruzeiro nos anos 50.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É Antiga, Mas Continua Atual


Não sei quando fiz isso. Encontrei sem querer no meio de outras coisas. Mas, pela cara e pelo jeito, acho que faz bons anos. De qualquer forma, tá aí.
Neste mundo do "politicamente correto" acho que ta valendo mais do que nunca.

Na região da Rua Lafaiete

Cauim, Comodoro e Mirage são salas de cinemas inesquecíveis de uma Ribeirão inesquecível .
Jamais pensei que um dia fosse agradecer o regime militar, mas sou obrigado a reconhecer: não fosse ele e eu não teria uma iniciação tão rica no cinema. Mas calma lá: não apoiei e nem apoiaria os generais e que tais que, entre 1964 e 1985, mandaram neste país. As loas a que me refiro constam do abrandamento dessa ditadura, também chamada de abertura política, conduzida, entre outros, pelo general Golbery do Couto e Silva, a partir do final da década de 70.
No caso do cinema, essa liberalização permitiu com que filmes até então expurgados tivessem suas exibições autorizadas entre nós. Foi tudo de uma só vez e entre 1980 a 1983. Ribeirão Preto estava nessa seara e o Cineclube Cauim, recém-criado no fim dos anos 70, resvalava como que magia, ao surgir justamente nesse ambiente digamos otimista. Na verdade, se o general João Batista de Figueiredo resolvesse endurecer, ao invés de seguir a toada da liberalização, dificilmente o Cauim viria à luz.
Bom, como estamos aqui para discorrer sobre ícones da área central de Ribeirão, o Cauim, como epicentro dessa família de ícones, nasceu encravado no predinho da Rua Lafaiete, entre as ruas Amador Bueno e Tibiriçá, onde funcionou - por pouco tempo - o Cine Windsor.
Na verdade, o Fernando Kaxassa e outros criadores do cineclube ajudaram a manter aquele trecho da cidade como um pólo de excelência cinematográfica. É certo que o Cauim era o grande exibidor de produções até então proibidas como “Z” e “Sessão Especial de Justiça”, do grego Costa Gravas, ou “Pasqualino Sette Belezas”, da italiana Liliana Cavani - filme que vi apenas uma vez, mas não me sai da memória até hoje, com o Giancarlo Gianini estupendo como fugitivo de nazistas. Mas a menos de uma quadra dali, na Rua Álvares Cabral, era o Comodoro quem dava o troco: não nasceu para exibir filmes de arte, apostou no popular menos popularesco e nos saudou com “O Império dos Sentidos”, de Nagisa Oshima, aquele do casal de japoneses que transa o tempo inteiro.
O Comodoro - ainda hoje de pé, com exibições de fitas pornô em telinha - brilhou no cinemão popular. E, concorrente dele, e nesse mesmo trecho do Centrão de Ribeirão Preto, ficava o Mirage, na Rua Lafaiete, onde hoje é a sede do projeto de teatro Ribeirão em Cena, criado e tocado por Gilson Filho. Essa sala também não foi criada para filmes de arte - até porque o Cauim dava conta do recado -, mas provocou filas e mais filas com o John Travolta e a Olivia Newton John no musical “Grease”.
Onde funcionava o Windsor e o Cauim hoje está uma igreja que abre de vez em quando. O Comodoro, como disse, sobrevive como pode. E o Gilson segue seu projeto de teatro no antigo Mirage. Essa região da Lafaiete não virou decadência, como várias outras regiões do Centro, graças a dois grupos educacionais que mantêm escolas na vizinhança. Trouxe a juventude de volta, embora os gostos e as tecnologias de hoje são outras.
O estudante de hoje até podem assistir “Z”, mas na tela do notebook, e não dentro de uma sala quente como a do Windsor, em que era preciso torcer para ninguém abrir a cortina vermelha que separava a sala de exibição da sala de espera. Bom, os ruídos eram inevitáveis. Mas diante do prazer de compartilhar daqueles anos tão mágicos do cinema, um calorzinho e um ruído nem incomodavam.
Texto de Delcy Mac Cruz publicado no Guia Centro de Ribeirão - Edição Julho 08

Mãe é Mãe


Isso sim é cuidar do filho. Sinta a leveza. É uma fração de segundo, momento perfeito.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Usain Bolt Já É Uma Lenda Viva


Hoje, dia 20 de agosto de 2009, o campeão olímpico Usain Bolt tornou-se campeão mundial das duas principais provas do atletismo, os 100 e 200 metros rasos. Bolt se divertiu e brincou com o tempo. 19s19 é a nova marca mundial dos 200m rasos, Bolt superou a sua própria marca das olimpíadas de Pequim de 19s30.
Este jamaicano é um raio. Nunca tinha visto um atleta ganhar essas provas com tanta vantagem. A impressão que você tem quando ele atinge a linha de chegada é que esta segurando um pouco para os companheiros não ficarem tão longe.

Cartões de Ano Novo


Há muitos anos eu faço, todo final de ano, um cartão para comemorar o início do novo ano. Procuro sempre uma mensagem que, de alguma forma, fale sobre o que marcou aquele ano e, envio para os parentes, amigos e para as pessoas com quem partilhei o ano.
Hoje, começo a publicá-los aqui no blog. Este cartão foi feito para comemorar a entrada em 1985. O texto que acompanhava o desenho vem abaixo e é da escritora portuguesa Maria de Quintaes.

"E houve um tempo, em que os homens
todos buscavam o amor.
E era esta a sua mais vital batalha;
muitos sucumbiram, ao desistir.
Mas, a todos aqueles que perseveraram
foram vitoriosos:
O AMOR TORNOU-OS ETERNOS."

A Beleza da Natureza Pousando


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Chave de Casa


Essa história aconteceu lá por 1967, 1968.
Eu tinha 12, 13 anos no máximo. Um sábado, depois de muito brigar com ele por causa do horário em que deveria voltar da brincadeira (quem é daquela época sabe que “brincadeira” ou “brinca” era como se chamava a festinha dos pré-adolescentes no início dos anos 60), ele pegou a chave de casa, me deu e disse:
– Pronto, tome a chave, volte na hora que quiser. Eu senti-me um homem. Achei demais!
Exibi aquela chave a noite toda na brincadeira e acabei voltando pra casa bem mais tarde do que sempre voltava.
No dia seguinte, na hora do almoço, meu pai me pediu a chave. Eu imediatamente protestei, argumentei com muita garra que ele não podia voltar atrás, que isso não era certo.
Aí, ele surpreendeu-me com a seguinte frase:
– Meu filho, quem tem uma palavra só é rei. Eu sou pai, um ser humano normal, e assim, posso afirmar que errei em te dar a chave porque você não está pronto ainda para ter esse direito, mas não fique bravo, você vai chegar lá.
u abaixei a cabeça e saí resmungando, certo de que ele tinha razão.

Em 1950 a Coca-Cola Já Mentia


Propaganda publicada nos anos 50 do séculoXX na revista O Cruzeiro.
Na década de 50 do século passado, quando eu nasci, a Coca-Cola já fazia propaganda nas revistas brasileiras e, como podemos ver, já mentia.

Paulo Leminski


esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem

Por sugestão da minha amiga, de muitos e muitos anos, Maria Marta Botelho de Sá Gabarite.

Girafa Beija Avestruz


A girafa ‘Bea' e a avestruz ‘Wilma’ chamam atenção no zoológico Busch Gardens, em Tampa Bay, no estado da Flórida (EUA), pela amizade que mantêm. (Foto: Matt Marriott/AP)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Maluco Beleza

Essa semana, no dia 21, sexta-feira, faz 20 anos que Raul Seixas morreu. E acabei de dar uma volta pelos jornais e descobri que vão acontecer homenagens de todos os tipos em todos os cantos do Brasil.
Assisti, no ano de 1973, quando a música Ouro de Tolo estourou nas rádios, a um show histórico desse baiano que falava a língua do universo. Raul entrava no palco com seu violão e sentava num vaso sanitário que era, se não me engano, a única peça no palco. E assim, de forma bem irreverente, ele levava a platéia de jovens ao delírio.
Raul, nessa época, era um verdadeiro maluco beleza, acreditava nas suas loucuras e fazia música e letras que mexiam com as pessoas.
Abaixo reproduzo a notícia do site Clic RBS da rede de comunicação gaúcha RBS a respeito do lançamento do livro sobre a vida do Raul.


O livro Raul Seixas - Metamofose Ambulante, foi escrito por Mário Lucena, Laura Kohan e Igor Zinza, com coordenação de Sylvio Passos, presidente do fã-clube que conviveu nove anos com o músico. A publicação é uma das homenagens aos 20 anos da morte do cantor e compositor e será lançada até o final do mês. Conforme o material de divulgação (ainda não li o livro), Raul Seixas - Metamorfose Ambulante aborda o fascínio do baiano por filosofia e comenta as várias inspirações para suas músicas. De acordo com Passos, Raul conseguiu “passar’ conceitos de filósofos como Platão e Sartre e tinha obsessão por Schopenhauer e Crowley. Além disso, o livro enfoca a relação de Raul com seus parceiros musicais (como Paulo Coelho e Marcelo Motta), os assuntos polêmicos que moveram a imprensa (discos voadores, drogas, Jerry Lee, John Lennon, etc), a ligação com a família e até com o Capeta... O livro terá como brinde o CD Alquimia, com 14 músicas da cantora portuguesa Carina Freitas, uma psiquiatra de adolescentes que se apaixonou pelas letras e pelo som de Raul. Ela gravou Canção para minha morte e escreveu Alquimia, segredo guardado em homenagem a Raulzito. O livro sairá pela editora B&A, terá 260 páginas e também será vendido em bancas de jornal por RS 29,90.

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda

domingo, 16 de agosto de 2009

Jonh Lennon em 1957


John Lennon (na primeira fileira do alto, ao centro, com topete, entre o garoto loiro e outro de cabeça abaixada) na Quarry Bank High School, em 1957.
Há 30 anos, fiz um livro sobre a Memória Fotográfica de Ribeirão Preto. Na época, a Carmen Cagno, que fez a edição do livro, escreveu no texto de abertura que as imagens, as fotos, os documentos, estavam esquecidos na lembrança de poucos pioneiros, amarelada em porta-retratos, embolorada em porões de museus.
Hoje, graças à internet e ao mundo digital, todos os dias encontramos fotos, filmes e documentos, assim como essa foto do John Lennon, que estão saindo dos baús e caindo no mundo virtual, o que significa acesso á informação para todos. Nada mais democrático.

Clarice Lispector para Iluminar o Domingo


“Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém, que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.”

sábado, 15 de agosto de 2009

Woodstock Novamente


No dia 12, quando falei sobre o Festival de Woodstock, escolhi essa foto, que foi utilizada na capa do disco de Woodstock e tornou-se um símbolo do evento. Fiquei pensando onde andaria esse casal. Ontem, lendo o G1, encontrei a resposta.
Nick e Bobbi Ercoline, esses são os nomes dos dois personagens que estão juntos até hoje, e moram perto de Bethel onde aconteceu o festival.
“Acho que a nossa foto resume bem a ocasião. Ela simboliza todo o evento por traduzir a paz que reinava por lá. É uma foto de um casal de jovens, que estavam cansados e molhados, mas também calmos, em paz e profundamente apaixonados", lembra Nick, em entrevista ao G1 por telefone. "E estamos juntos até hoje. Você pode nos ver na rua andando de mãos dadas e nos beijando. Não mudou nada, ainda somos daquele jeito.”
Bom gente, prometo que não falarei mais de Woodstock. Vejam abaixo o casal 40 anos depois, ainda abraçados.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Postal do Mateus


Este cartão postal tem aproximadamente 15 anos. Foi feito para o meu filho Mateus no auge da sua adolescência. Lembro que achei essa frase numa revista que estava lendo no barbeiro, provavelmente uma Caras da vida. Imediatamente eu me lembrei do meu filho adolescente e dessa imagem de palhaço que tinha em meus arquivos. Ele já foi impresso no final do século passado e sempre fez sucesso.

O Cartaz de Woodstock


40 anos depois o cartaz de Woodstock é mais atual do que nunca. Simples, objetivo e com um charme indiscutível. Dizem que a primeira versão era a de um pássaro pousado em uma flauta. Só depois de muita conversa é que resolveram usar uma pomba no braço de um violão, por causa da guerra do Vietnã. Ta aí, mais uma peça publicitária que gostaria de ter feito.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Verdade do Místico Medieval Angelus Silésius


Se, no teu centro um Paraíso
não puderes encontrar,
não existe chance alguma de,
algum dia, nele entrar.

Marat, na Revolução Francesa


“nada será legitimamente
teu, enquanto a outrem
faltar o necessário”.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Woodstock Music & Art Fair


O ano de 1969, em agosto, nos dias 15,16 e 17, há 40 anos, em Bethel no estado de NY, nos E.U.A., aconteceu o Festival de Woodstock. O nome oficial foi Woodstock Music & Art Fair, com subtítulo de "Primeira Exposição Aquariana". Seu slogan "três dias de paz e música" logo foi modificado para "três dias de paz e amor".
O ano de 1968 tinha sido intenso, marcado por movimentos jovens em todo o mundo. Na França, o maio de 68 ficou marcado para a história. Por tudo isso, acredito que o Festival de Woodstock foi um marco oficializando que o mundo não seria mais o mesmo depois daqueles dias, fato que acabou se concretizando.
Woodstock custou basicamente de 2 a 3 milhões de dólares e foi patrocinado por quatro jovens homens: John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lang. Até hoje, os 4 fundadores discordam quanto a quem propôs a idéia original do festival.
Foram mais de 450 mil pessoas, durante quase 4 dias, no meio de uma fazenda com muita lama e pouca infra-estrutura que se tornou uma mini-nação da contra-cultura. Terminou na segunda-feira dia 18 de agosto com um dos maiores engarrafamentos da história do Estado de Nova Iorque.

Assisti ao filme "Woodstock" de Michael Wadleigh nos anos 70 no cine Plaza em Ribeirão Preto. E, nós, os jovens da época aqui no Brasil, íamos ao cinema como se estivéssemos indo ao Festival. As imagens de Jimi Hendrix fechando o festival na manhã de segunda-feira com a sua guitarra fazendo sons de bombas, aviões, explosões, rajadas de metralhadoras e tocando o hino nacional americano é das coisas mais emocionantes a que assisti. Ele conta com música e sons a história de um americano que é convocado a lutar pela pátria, morre na guerra do Vietnan e volta a seu país num caixão. Andei por muito tempo com uma fita cassete que tinha essa gravação e adorava colocar para que as pessoas pudessem ouvir aquela história sem texto.
Este ano, quando o festival completa 40 anos, foi inaugurado na mesma fazenda no condado de Sullivan, norte de NY, em Bethel, o museu Woodstock, onde você pode assistir às imagens dos shows em grandes telões e ver os carros psicodelicos e relembrar as loucuras da época.
Vejam as bandas e artistas que estiveram se apresentando no festival: Joan Baez, Arlo Guthrie, Tim Hardin, Incredible String Band, Ravi Shankar, Richie Havens, Sly & the Family Stone, Bert Sommer, Sweetwater, Quill , The Who, Canned Heat, Creedence Clearwater Revival, Jefferson Airplane, The Grateful Dead , The Keef Hartley Band,
Blood, Sweat and Tears, Crosby, Stills & Nash (& Young) , Santana, The Band, Ten Years After, Johnny Winter, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joe Cocker, Mountain, Melaine, Sha-Na-Na, John Sebastian, Country Joe and The Fish, The Paul Butterfield Blues Band.