quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Carlos Drummond de Andrade

A Vida Menor
"A fuga do real,
ainda mais longe
a fuga do feérico,
...mais longe de tudo,
a fuga de si mesmo,
a fuga da fuga, o exílio
sem água e palavra,
a perda voluntária de amor
e memória,
o eco
já não correspondendo ao apelo,
e este fundindo-se a mão
tornando-se enorme e desaparecendo
desfigurada, todos os gestos afinal
impossíveis... senão inúteis,
Não a morte, contudo..."

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