quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cecília Meireles


Oração da noite
Trabalhei, sem revoltas nem cansaços,
No infecundo amargor da solitude
As dores, embalei-as nos meus braços
...Como alguém que embalasse a juventude...
Acendi luzes, desdobrando espaços,
Aos olhos sem bondade ou sem virtude;
Consolei mágoas, tédios e fracassos
E fiz, a todos, todo o bem que pude
Que o sonho deite bençãos de ramagens
..."


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